Duas turmas de alunos, uma de 3ª série e outra de 4ª série, juntaram-se para realizar a pesquisa de opinião com o tema Produção e Venda de Beiju de Igara.

Pesquisaram 50 pessoas, que trabalham com beiju, sendo 70% dos entrevistados do sexo feminino. A maioria tinha idade entre 30 e 50 anos, porém detectou-se a presença de crianças menores de 10 anos nesse trabalho. A produção/venda do beiju consiste nas seguintes etapas, com combinações variadas: tirar a tapioca ou comprar a tapioca, fazer o beiju ou compra-lo pronto, vender o beiju diretamente ao consumidor ou repassar para outros revenderem.

Entre os entrevistados 36% declararam que tiram a tapioca, fazem o beiju e o vendem ao consumidor, outros 36% fazem o mesmo processo mas não produzem a tapioca, ela é comprada; apenas 2% compra o beiju pronto e o revende, ou seja não realizam as etapas de produção. 52% dos entrevistados disseram trabalhar com o beiju há mais de dez anos e 28% que afirmaram ter de cinco a dez anos no trabalho com o beiju. 

Quanto ao melhor espaço para a venda desse produto, a grande maioria (60%) apontaram a venda de porta em porta nas ruas de Senhor do Bonfim seguido de 36% que indicaram a feira-livre de Senhor do Bonfim como melhor lugar para venda.

Como principais motivos que levam a compra de tapioca vinda de outras regiões, 36% disseram que a produção da mandioca da região é insuficiente para a grande produção de beiju que se faz em Igara e 26% afirmaram que a qualidade da tapioca de fora é melhor.

Quanto aos fatores responsáveis pela diminuição da produção nas casas de farinha da comunidade, 48% disseram que as secas tem sido maiores; 20% apontaram a queda no preço da farinha e os demais dividiram-se entre as seguintes respostas: os agricultores mais velhos aposentaram-se e os mais jovens não gostam da roça; e os agricultores têm vendido suas roças, aumentando o número de chácaras e fazendas de gado na região.