A pesquisa foi realizada por alunos do primeiro ano do primeiro ciclo e ofereceu uma excelente oportunidade para que fizessem descobertas interessantes, tanto do ponto de vista cognitivo quanto em relação às atitudes. Dos 17 alunos entrevistadores, cinco se destacaram pela forma de se comunicarem com os colegas, pela desenvoltura na apresentação e pela maneira como realizaram os registros.

Entretanto, foi necessária a participação da professora em todas as entrevistas por causa de uma certa insegurança dos pesquisadores-mirins e também devido ao fato de não saberem ler, o que trazia dificuldades para apresentarem os enunciados das questões para os entrevistados (As imagens das brincadeiras captadas da internet e reproduzidas no questionário nem sempre permitiam distinguir muito bem umas das outras).

Das seis turmas de primeiro ano, três foram escolhidas para serem entrevistadas. Essa escolha se deu pela proximidade entre as salas dessas turmas e a sala dos entrevistadores: eram as que ficavam no mesmo corredor.

Nos resultados, ficou bem destacada a preferência pelo “pega-pega”. Mas foi interessante observar que todas as opções tiveram “votos”, o que aponta para uma diversidade no brincar na hora do recreio.

Observação da professora: Entre todos os entrevistados, apenas um disse que “não brinca”. É notável o aluno posicionar-se assim, e de forma tão clara, diante de uma turma que brinca em peso. Esse dado me surpreendeu e também me preocupou. A partir desse momento, passei a observar melhor o aluno e constatei que ele não brinca e também não interage com os colegas, permanecendo isolado durante o recreio. Isso me levou a convocar a família para uma conversa para avaliarmos o que está acontecendo e se é necessária alguma intervenção. O que ficou, entretanto, de todo o processo, foi o entusiasmo dos alunos, a forma como se dedicaram e como cresceram a partir desse projeto. Foi um grande aprendizado para mim e para eles.

Vejam em anexo o questionário elaborado pela turma.