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Polo São Paulo realiza Seminário de Qualificação das pesquisas educativas de opinião
autor:  - 22/08/2016

Através de parceria com a DRE Penha, seminário pretende fortalecer os temas trabalhados e o processo vivido por alunos e alunas

Cerca de 500 estudantes e 43 professores de 26 escolas participaram do Seminário de Qualificação do Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião (Nepso) no sábado (25/06), no CEU Quinta do Sol, zona leste de São Paulo. O encontro também contou com a participação de 16 educadores, que mediaram as discussões nas salas de aula, alguns coordenadores pedagógicos e três representantes da Diretoria de Ensino (DRE) Penha. Nas salas, foram apresentados 115 projetos de pesquisa.

O Seminário de Qualificação faz parte do processo de formação anual desenvolvido pelo Nepso junto com professores da DRE Penha. É um momento para os estudantes conhecerem outros alunos, escolas e também projetos, possibilitando que troquem opiniões, impressões e os ajudando a qualificar suas próprias pesquisas. “A ideia é colaborar tanto no foco da pesquisa, na metodologia, quanto na qualificação do tema”, explica Thais Bernardes, coordenadora do polo São Paulo.

O Seminário teve início com a apresentação do coral da EMEF Cecília Meireles. Após breve fala do dirigente da DRE Penha, Marcos Mendonça, os estudantes e professores presentes foram encaminhados para as salas temáticas, em que puderam compartilhar o processo de cada pesquisa e trocar experiências com os orientadores de sala e com outros alunos e alunas.

De acordo com Malu Mineo, assistente técnico educacional da DRE Penha, o trabalho desenvolvido com as pesquisas educativas de opinião traz os alunos como principais sujeitos. “É o trabalho que eu mais vejo sentido quando a gente fala de protagonismo do aluno, de autoria, porque é algo feito pelos alunos”, afirma. A parceria com a DRE Penha, que está no segundo ano, possibilita uma maior integração entre as escolas, os alunos e os professores.

Ao final, espalhados pelo CEU Quinta do Sol, os estudantes realizaram as entrevistas com os presentes no espaço, por meio de uma pergunta aberta sobre os temas trabalhados. As questões eram as mais variadas: “O que você acha sobre a discussão de gênero nas profissões?”; “Você acredita em vida em outros planetas?”; “Você acha importante a educação de jovens e adultos?”; “Por que não existe lei contra a homofobia?”, dentre tantas outras.

As alunas Nayara e Gabrielly, ambas de 13 anos, da EMEF Darcy Ribeiro, escolheram pesquisar violência contra a população LGBT em seu projeto. Elas explicam que na sala cada grupo tratou de um tipo de violência e que seu grupo se interessou em falar desse tema porque, segundo Gabrielly, "é um dos preconceitos que as pessoas mais sofrem”. “A gente quis se colocar no lugar deles, entender porque a sociedade faz isso com eles”, opina Nayara.

A professora de ciências Andreia, da EMEF 19 de novembro, está trabalhando o mesmo tema com crianças do nono ano em sua escola. Ela conta que os alunos levantaram a questão por conta do preconceito ainda muito forte socialmente. Em seu primeiro ano aplicando a metodologia Nepso, Andreia ressalta que a ideia de fazer pesquisa na escola ajuda o professor a nortear caminhos em seu trabalho. “Essa oportunidade do Nepso de colocá-los todos para confrontar ideias é extremamente importante”, ressalta.

Keila Regina, professora da EMEF Prof. Abrão de Moraes, conta que os alunos, mesmo pequenos, estão dando segmento à pesquisa de forma autônoma, perdendo a inibição com as possibilidades de entrevista, procurando lugares e pessoas, verificando que existem várias opiniões. Já a aluna de EJA Maria Neide Araújo, da EMEF Dr. Fábio da Silva Prado, conta que é um desafio, mas que o encontro foi muito interessante. “É cansativo, trabalhamos a semana inteira, mas valeu a pena vir participar”.

 
 

 

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