No dia 28/03/12, estivemos em Imbé ( Santa Teresinha) Litoral Gaúcho, a convite da professora Dra. Nilda Stecanela da Universidade de Caxias do Sul e de Priscila : Selma Helgenstiler Arendt, Justina Riboldi, Débora Perin e Evelyn Trevisan; fomos muito bem acolhidas pela nossa colega Pricila Rocha pesquisadora e responsável pelo núcleo do litoral e demais colegas . Dessa vez o encontro de abertura foi na Escola EEEE Reinaldo Vaccari, no municiípio vizinho a Tramandaí, na Avenida Paraguassu, 175, Santa Terezinha, Imbé.
A Pricila Rocha está de parabéns, pois a Escola em que atua está abraçando o Projeto coletivamente, isso é um ato corajoso e o "X" de tudo isso é que será desenvolvido em uma escola de turno integral. Todos que participamos há tempo na parceria do Nepso, sabemos que a sua metodologia nos capacita para nos tornarmos mais comprometidos, fazer a diferença em sala de aula e fora dela também. Essa integração que se repete e acompanha os indicadores das séries em que tem como meta usar a pesquisa como ferramenta, reflete positivamente nos resultados da educação.
Levamos a nossa experiência para partilhar com os professores que lá estavam " A ESCOLA CONTEMPORÂNEA: O DESAFIO DO PROFESSOR FAZER ACONTECER A PESQUISA NA SALA DE AULA" , procuramos fazê-la e mostrar o que acontece nas nossas escolas, e é claro utilizando falas de nossos pensadores, pesquisadores ( Pedro Demo, Roque Moraes, Miguel Arroyo, Nilda Stecanela), os quais nos dão um enfoque transformador à Pesquisa. Segue em anexo o nosso referencial utilizado. Também as alunas , que com muita flexibilidade deram seu recado Débora Perin e Evelyn Trevisan falaram de suas experiências com os projetos desenvolvidos em salas de aulas por seus professores e especialmente sobre a Pesquisa Multipaís. A Débora Perin (egressa da Escola Demétrio Moreira da Luz, hoje estuda na Escola Estadual São Marcos iniciou junto com o Mauricio Erardt (Hoje na faculdade de Odontologia) com projetos na sexta série e a Evelyn Trevisan iniciou os projetos de pesquisa na terrceira série da Escola Demétrio e hoje cursa a sétima série turma 72 . Essas alunas mostraram que muita coisa mudou na educação de lá para cá, mas quando criamos laços afetivos, propiciamos cada vez mais um diálogo com suas realidades. (sou suspeita em falar disso) .Naturalmente que o amadurecimento de nossas práticas advém das trocas que são realizadas no momento da pesquisa, aprofundamos e aprendemos também com os nossos jovens.
Não é uma ação individual, buscamos problematizar os temas. É animador observar os nossos relatórios iniciais e também as nossas metas, nesses 12 anos o reconhecimento e o valor que se agregam a pesquisa Crescemos e temos muito a aprender, sabemos que nossa caminhada é longa, temos preocupações, redefinições de rotas, novas opiniões, ações em conjunto, circunstâncias que nos fazem crescer em grupo, por outro lado não podemos desprezar o que ficou no nosso passado, a formulação de conceitos. A forma agradável como está sendo construído o nosso espaço para a pesquisa baseada na qualificação e a dimensão vivenciada por quem é professor, como é o meu caso, permito-me dizer que estamos sendo gestados com interminável disposição e comprometimento, agradecendo sempre as parcerias, a aqueles que criticaram e principalmente aos que permanecem fiéis a nossa causa que perpassa o fato de ser extremamente enriquecedor trabalhar com pesquisa. Perpassa a dimensão escola, sala de aula, comunidade, está fundamentada em uma marca que é o diálogo para com os pais ao permitir que seus filhos possam apresentar trabalhos em outras cidades, proporcionando-lhes reflexão, criticidade, capacidade e reconhecerem-se como elementos de construção de um projeto que tem respeito e admiração em vários estados do Brasil, em alguns países da América do Sul, Europa (Portugal) , África e em breve na Espanha. Estamos falando de pesquisa com amparo de uma Universidade. Curso oferecido em forma de Curso de Extensão, no qual o professor recebe o seu projeto, resumo e artigo com o número do registro do ISBN e ISSN . O mundo que nos é apresentando não permite que o professor não se qualifique. Exige atitude. Se queremos um ensino amplo e transformador, precisamos investir em pesquisa na sala de aula. Trabalhar com competências e habilidades exige estudo, dedicação, orientação e formação para isso. Precisamos estar preparados para as novas linguagens e comportamentos. Acima de tudo precisamos ser profissionais engajados com a educação e desenvolver práticas que promovem o desenvolvimento da autonomia e da aprendizagem.
Parabéns a professora Nilda Stacanela, que sempre está nos colocando em constante desafio, e a equipe que está ao seu lado, vocês possibilitam a visão e compreensão de um mundo melhor, mais humano nos seus múltiplos níveis de articulação no mundo das diferenças.
Agradecemos também a SMED de São Marcos e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo pelo apoio dado a pesquisa, aos professores e aos jovens pesquisadores.
Abraços, Professora Selma Helgenstiler Arendt - Escola de Ensino Fundamental Demétrio Moreira da Luz - São Marcos, RS. Colaboradora do Núcleo Nepso e Pesquisa Multipaís em São Marcos RS.
Obs: Entre os aprendizados da noite também ouvimos as colegas que lá estavam, porém, é claro tivemos um saboroso lanche oferecido pelas colegas com sabores da culinária local. Maio será a vez de São Marcos receber o pessoal da Multípaís, teremos que nos esforçar para fazer bonito também.