A EDUCAÇÃO SEXUAL DO ENSINO MÉDIO DEVERIA SER DIFERENCIADA DO ENSINO FUNDAMENTAL? Com essa polêmica iniciamos o nosso projeto, pois nem todos acham que deveriam ter o mesmo tipo de orientação. Por exemplo, é certo uma sexóloga ter a mesma conversa com uma criança de 11 anos e um adolescente de 15 anos? O nosso projeto visa a educação sexual como um conteúdo a ser incluído no currículo escolar, pois acreditamos que poderia evitar gravidez precoce, DSTs e muitos adolescentes pensariam no sexo como uma coisa mais séria. Não queremos ver essa questão do sexo e sexualidade serem comentados só em palestras, e sim nas aulas como uma matéria comum, sem que ninguém fique com medo ou receio de tocar no assunto. Desse jeito poderíamos nos conhecer melhor para podermos ter uma vida sexual com maior maturidade. Estudamos o tema em vários textos pesquisados na Internet e revistas destinadas ao público jovem, principalmente gravidez na adolescência e formas de prevenção anticoncepção e DSTs. Vimos um filme, “O Aborto dos Outros”. Também fomos ao posto de saúde próximo a escola e conversamos com profissionais desse lugar. Foi planejada uma entrevista com ginecologista, que não deu certo. Entrevistamos 150 estudantes do ensino médio do período da manhã, onde sorteamos de 5 a 6 jovens em cada uma das 28 turmas da escola. A receptividade foi boa, no geral gostavam e também muitos ficaram desapontados por não terem sido sorteados e também curiosos. Percebemos que a temática ainda causa um certo burburinho, principalmente entre os mais novos, por exemplo dos 1ºs anos, com média de 15 anos. Também que informações mínimas, como a sigla DST ainda é desconhecida por uma parte dos que responderam a pesquisa. Foram 82 meninas e 68 meninos entrevistados. Conversamos com 70 da 1ª série, 45, da 2ª. e 35 da 3ª. Principais resultados:  Os amigos são as principais figuras com quem a meninada conversa sobre sexo, 78%!!!! Para 25% são os pais; 16% recorrem à mídia e apenas 4% com professores!! A escola está longe dos estudantes neste quesito.  A orientação sexual deveria ser obrigatória nas escolas para 77%. Para 6% é assunto familiar e 17% não sabem dizer. Escolas e professores, atenção!  Sexo significa amor para 44%; para 20% prazer e 4% necessidade. Não cruzamos os dados, mas, seria interessante observar se essa visão é mais das meninas, cuja tendência é serem mais românticas. 28% não souberam escolher um significado, apontaram vários, o que prejudicou um pouco a análise.  A maioria, 65% considera que a orientação sexual deve ser efetuada desde a 7ª. Série do EF até o Ensino Médio. 19% tanto para o EF e EM e 16% apenas para o EM.  A questão sobre a causa principal sobre gravidez na adolescência foi prejudicada porque erramos em oferecer uma alternativa “Todas as anteriores” (35%) o que dificulta saber qual era a opinião principal da maioria. “Falta de orientação” (21%) e “Porque querem” (27%).  Para 57% a orientação deve ser feita através de palestras e 20% nas aulas de Biologia e 19% com palestras e aulas.  Virgindade é um tema muito importante para os meninos e meninas: 50% e 41% respectivamente! Apenas 12% (meninos) e 22% (meninas) atribuíram como pouco importante. Para 3% dos meninos e 10% das meninas não tem nenhuma importância. Conclusão: os meninos estão mais preocupados com essa questão.  A mídia exerce muita influência (57%) sobre a sexualidade dos jovens. Para 25%, uma influência relativa e pouca para 13%. Seria importante fazer leituras sobre publicações, programas televisivos, Internet para valorizar esse espaço educativo tão importante quanto a família e a escola.