A pesquisa sobre racismo foi realizada com uma amostra de 100 pessoas, sendo 64% do bairro Novo Horizonte, 18% do bairro Bonfim II, 9% do bairro Bonfim I, 4% do bairro Pebinhas e 5% dos bairros periféricos mais distantes. Foram entrevistados moradores com idade acima de 16 anos: 20% de jovens e 34% de adultos, acima de 40 anos. Perguntamos o que melhor define racismo. A maioria disse julgar o outro pela cor da pele e 11% apontou julgar o outro pelos bens que ele possui. Quanto ao principal motivo para existência do racismo 58% destacaram que as pessoas ainda não aprenderam a lidar com as diferenças, 19% porque alguém se acha mais importante que o outro e para 16% era a conseqüência da escravidão do passado. Sobre o principal motivo que faz o branco ter mais oportunidade que o negro, 45% dos entrevistados acham que as oportunidades são iguais para brancos e negros; ficando empatadas (24% cada uma) as opções por causa da cor e porque julgar as pessoas pela cor na nossa sociedade é normal. A maioria dos entrevistados afirmou nunca ter sofrido discriminação racial e considera o racismo um crime contra os direitos humanos. Com 74% foi apontado como principal motivo que faz o racismo ser um crime é por ferir a dignidade humana, seguido por ser proibido em lei (50%). 73% classificaram as expressões “branquela”, “tição”, “baleia”, “loira burra”, “macaco” como formas de discriminar uma pessoa. Com relação a quem mais tem lutado contra a discriminação racial no Brasil, 33% disseram ser o movimento negro, 23% os movimentos sociais, 10% o governo e a igreja e 7% as universidades. Buscamos saber qual seria a primeira atitude diante de uma cena de racismo: 41% respondeu que seria denunciar, seguido de 29% que afirmaram retirar-se do ambiente, 10% não se importariam e 7% agrediriam o racista. Procuramos saber a reação se a discriminação fosse com o próprio entrevistado, e as respostas foram as mesmas quanto presenciar cena de discriminação ou sofrer uma discriminação. Sobre o que cada um, a princípio, faria para combater o racismo: 38% disseram participar dos movimentos sociais contra o racismo e ações discriminatórias; 30% afirmaram que começariam a partir de si mesma a agir contra atitudes racistas e 21% optaram em não deixar passar a oportunidade de demonstrar oposição a uma situação racista.