Foram entrevistadas 100 pessoas da comunidade de Igara, com idade acima de 12 anos, para saber qual a relação da comunidade com o meio ambiente, sendo 60% dos entrevistados do sexo feminino. A primeira pergunta foi se os moradores de Igara cuidam do meio ambiente e 60% dos entrevistados disseram que não. Procuramos saber como a maioria trata o meio ambiente: 43% colocam o lixo nas calçadas e esperam o carro do lixo passar, 29% jogam o lixo nas ruas e praças, 16% mantêm as ruas e praças limpas e 9% jogam o lixo na lagoa e em terrenos abandonados. Quanto ao destino dado ao lixo produzido em casa: 65% responderam colocar na porta e esperar o carro do lixo passar e 13% jogam o lixo na lagoa. Foi perguntado o que a comunidade faz para economizar água e as opiniões se dividiram: 38% lavam as roupas todas de uma vez, 30% fecham a torneira ao escovar os dentes, 25% fecham o chuveiro do banheiro para ensaboar e 2% não tomam nenhum cuidado, porque acham que a água nunca vai acabar. Os pesquisadores, demonstrando preocupação com relação à poluição da Lagoa de Igara, procuraram saber o motivo das pessoas jogarem lixo na lagoa: 50% responderam que a comunidade já está acostumada a fazer isso, para 40% é porque a comunidade não tem paciência de esperar o carro de lixo passar e 10% disse que a lagoa é o lugar mais apropriado para jogar lixo. A pesquisa também ouviu os moradores sobre o projeto de drenagem da lagoa e despoluição do Rio da passagem: 62% concordam com o projeto, 22% não concordam, 10% não têm conhecimento desse projeto e 6% não opinaram. Sobre a criação de animais e o mau cheiro na comunidade, 65% concordam que a criação de porcos e galinhas, em quintais ou soltos nas ruas, torna o ambiente mais poluído e 30% disseram que não. Quando perguntado qual o principal problema em criar animais soltos ou em quintais, 32% disseram porque suja as ruas e cheira mal, para 28% pode transmitir doenças e pragas, 15% porque os animais acabam se alimentando de fezes e lixo; 15% disseram não concordar que criar animais em áreas urbanas é problema e 10% não opinaram. Ainda sobre o mau cheiro, agora produzido pela manipueira nas casas de farinha, perguntamos se concordavam que pode prejudicar a saúde dos moradores: para 72% sim e 18%, enquanto 10% não quiseram opinar. A pesquisa ainda quis saber sobre qual é a questão ambiental mais urgente, em Igara: 48% disseram o mau cheiro das casas de farinha, 25% destacaram a poluição da lagoa e do rio, 16% a criação de animais em quintais e nas ruas, 7% o lixo jogado em qualquer terreno abandonado e 2% afirmaram ser a falta de lixeiras nas ruas e praças. 75% dos moradores entrevistados concordam que latões (contêineres) de lixo em algumas ruas melhoram o problema do lixo em Igara.