A pesquisa foi realizada com uma amostra de 100 pessoas entre adolescentes, jovens e adultos sendo 15% do bairro Novo Horizonte, 3% do bairro Pebinhas, 44% do bairro Bonfim I, 12% do bairro Bonfim II e 26% de bairros mais afastados das Populares. A maioria dos entrevistados (89%) respondeu nunca ter sofrido algum tipo de violência quando criança. Dos 10% que afirmaram ter sofrido algum tipo de violência, 6% declararam ter sido violência física. Sobre o tipo de violência mais freqüente na vida das crianças, 50% disseram a violência sexual, seguida por 19% da violência física. Perguntamos qual o espaço onde a criança sofre mais violência e, na opinião de 50% dos entrevistados, a violência acontece na própria casa da criança, em segundo lugar com 42% foi apontado na rua. 64% destacaram que em uma cena de violência contra criança a primeira atitude seria denunciar e a instituição para quem denunciariam (62%) seria para o conselho tutelar e 25% denunciariam para a polícia, seguido de 10% para a promotoria. Quando perguntamos se conheciam adultos que dão dinheiro ou presentes para crianças em troca de carícias, 92% responderam que não e 8% disseram que sim. 62% acham que a principal causa da violência contra criança é a destruição familiar e 15% indicaram a ausência das instituições públicas responsáveis pela proteção da criança. Quanto aos principais responsáveis quando a criança deixa de estudar para trabalhar, 94% dos entrevistados apontaram os pais. Em relação aos dias atuais, foram apontadas as seguintes principais causas da violência contra criança: para 32% a falta de uma religião, 24% a influencia da televisão e internet, 22% a falta de humanização e para 14% é o desrespeito aos valores morais. Procuramos saber dos entrevistados, como cidadãos, qual sua primeira iniciativa para ajudar no combate a violência contra criança e 59% diz ser o de denunciar em caso suspeito de violência ao conselho tutela, 23% procurariam dialogar com a família e para 12% participar de movimentos populares contra a violência contra criança.