Nosso projeto, “Os dinossauros”, começou com a história “Azul e lindo: planeta Terra nossa casa” de Ruth Rocha. Na discussão do texto os alunos trouxeram que a historia falava da poluição, do lixo e, ao serem perguntados se lixo e poluição eram a mesma coisa, disseram que sim.

No dia seguinte para dar continuidade as discussões já iniciadas sobre o meio ambiente trouxe para lermos “A viagem ecológica” de Iacocca. Ao apresentar o livro exploramos a imagem da capa, levantamos hipóteses sobre a partir do título da historia. Eu li a historia para então com perguntas provocativas fazerem a interpretação do texto.

O grupo de alunos reflete sobre o material lido e suas interpretações percebem como o homem ocupa o meio ambiente, mas ainda não o percebem como o agente responsável pelas modificações ambientais. Creio que a essas alturas é necessário explicar aos leitores o porquê desse projeto de trabalho. Iniciamos o ano com uma porção de lagartas em nosso pátio, as crianças gritavam muito quando as avistavam. Estranhando esse comportamento fui verificar junto a direção e fiquei sabendo que há dois anos atrás tinha tido um surto de lagarta venenosa, mas que essas não faziam mal. No entanto, era comum no grupo destas crianças matarem pequenos insetos como borboletas e “bruxas” porque estão no chão e quando interrogados diziam: “Mas prof. é só um bichinho!”.

Aproveitando que os personagens da historia “Viagem Ecologica” viajavam em um foguete provoquei-os a se imaginarem como astronautas detetives e logo aceitaram o convite se portando como Sherlocks, com lupa e tudo. Assim, passeando pela sala olhávamos do espaço à Terra. E, o que víamos? Víamos pessoas, carros, plantas, bichinhos, e pegadas. Pessoal, vocês estão vendo pegadas de que? De gente, de cachorro, de veado, de leão, de girafa, passarinho, gatinho, e de dinossauros. Dinossauros? [aqui levei um susto e entrei no clima deles] Onde? Tem esqueleto deles no Brasil prof., vi na novela que eles desapareceram. Ah, é! Como detetives que somos gostamos de fazer perguntas e que pergunta podemos fazer? E ainda, como detetives que somos, gostamos de imaginar respostas para isso.