Atualmente, diante da evolução da sociedade, das transformações ambientais e dos avanços tecnológicos os hábitos e costumes de brincar das crianças estão mudando. Os brinquedos e jogos eletrônicos, virtuais estão tomando conta da infância e por isso vários jogos tradicionais estão desaparecendo do cotidiano das gerações. Estudos mostram a importância de resgatar as brincadeiras tradicionais na Educação Infantil, pois é um poderoso instrumento que contribui para o desenvolvimento motor, afetivo, intelectual e social da criança. Esta escrita pretende apresentar os resultados da pesquisa de opinião sobre as relações geracionais entre as brincadeiras infantis de diferentes épocas. O interesse por esta temática surgiu durante a prática docente de uma das autoras deste artigo quando estava ministrando sua aula para as crianças da pré-escola. A partir do interesse das crianças elaborou-se um projeto com o objetivo de realizar um levantamento das brincadeiras e brinquedos tradicionais utilizados e praticados pelos pais dos alunos quando crianças, a fim de identificar pontos de aproximação e de distanciamento entre as mesmas e estimular uma aproximação entre as gerações. A referida pesquisa foi desenvolvida com os pais ou responsáveis de 20 crianças na faixa etária de 5 a 6 anos que frequentam a pré-escola de uma escola municipal de Educação Infantil do município de Vacaria. Para a construção dos dados foi aplicado um questionário com oito questões sendo essas abertas e fechadas. Para ajudar as autoras a interpretar esses dados buscou-se apoio nos estudos já realizados sobre a temática pelos autores Piaget, Vygotsky, Kischimoto, Santos entre outros. A partir da análise dos resultados pode-se contatar que os participantes brincavam de diferentes brincadeiras, sendo que algumas destas brincadeiras continuam presentes no cotidiano de várias gerações, mais especificamente, na cultura infantil, encantando e divertindo as crianças, seja no contexto escolar, não escolar ou em seus próprios lares.