Iniciativa
Coordenação Pedagógica
DIMENSÕES HISTÓRICO-CULTURAIS DA ESCOLA: ENTRELAÇAMENTOS ENTRE O VIVIDO, O CONCEBIDO E O PERCEBIDO | voltar
RESUMO

Neste trabalho, propõe-se observar os atravessamentos que o processo de democratização do acesso à escola, a implementação dos princípios da Constituição Federal (Título VIII, Art. 205), a regulamentação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA Lei nº 8069/1990) e a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB nº 9394/1996) provocam nas culturas escolares. A pesquisa procura escutar a voz dos professores sobre o concebido, o percebido e o vivido no ambiente escolar no que se refere aos efeitos desses eventos em suas práticas docentes e na relação pedagógica e nas condutas sociais. Com o enfoque na relação que há entre a legislação vigente nas escolas brasileiras e os atravessamentos das narrativas de seus professores, além de acompanhar os desdobramentos dos efeitos reguladores que essas as medidas legais orientam, procura-se observar a escola e suas margens de forma que se conheça o que uma amostra de seus docentes vivencia e percebe a respeito de sua realidade. Para que isso seja possível, entre os procedimentos metodológicos adotados no estudo, faz-se uso de registros etnográficos combinados com entrevistas realizadas a partir de instrumentos semiestruturados com questões abertas e fechadas, através das quais se procede com a descrição densa do que as lentes do pesquisador permitem registrar e também com uma escuta sensível das narrativas dos sujeitos que protagonizam a cena educativa. O suporte teórico da investigação considera os seguintes autores: Norbert Elias, Michel de Certeau, Rui Canário, Diana Vidal, Nilda Stecanela. Com base numa primeira aproximação com o trabalho de campo, identificam-se leituras de realidade diferenciadas sobre o tema, associados a aspectos pessoais, relacionadas ao tempo de docência, aos contextos educativos, sociais e culturais da comunidade escolar analisada, entre os quais pode-se citar: Os jovens acabam por construir representações de que têm direitos, porém, desconsiderando os deveres; A partir das fronteiras do percebido, do concebido e do vivido, os professores reclamam a falta da execução de deveres de seus alunos; O ECA (lei nº 8069/1990) acaba exercendo um papel regulador e auto-regulador da ação do mundo adulto em relação à criança e ao adolescente, no entanto, não o faz na via inversa; Muitos professores sentem-se acuados diante do papel regulador da legislação, tomando, desta forma, uma postura queixosa perante sua realidade profissional.

 
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2012 (+)
tema
escola
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