Os jovens pesquisadores, através de uma apresentação muito clara, durante o Seminário na Universidade de Quilmes, mostrarram a dependência que os jovens têm hoje dos aparelhos celulares. Apresentaram todas as etapas do Projeto Nepso, começando pela escolha do tema, que segundo as alunas Maria Jose Zaracho e Tamara Gandolfo, foi a fase mais complicada, devido a diversidade de temas e a dificuldade do grupo em entrar em acordo. As jovens explicaram que a qualificação do tema ocorreu através de pesquisas sobre o desenvolvimento e a evolução dos aparelhos celulares, que hoje possuem uma série de recursos.
 

O grupo de pesquisadores construiu e aplicou 207 questionários com 16 questões em um shopping do bairro, devido a segurança do local e a diversidade de público. As alunas destacaram duas surpresas no trabalho de campo, que segundo elas, foi a etapa mais interessante: entrevistaram um garoto de 14 anos que era uma completa exceção ao resultado da pesquisa, não tinha celular e dizia que não queria ter, também um homem de 47 anos que dizia ter três celulares e que os três eram importantes para sua vida.
 

Ao comentarem sobre os resultados positivos em participar do Projeto Nepso, as estudantes disseram que conseguiram perceber a importância do contato entre as pessoas, que nada substitui uma conversa ao vivo com os amigos e parentes e observaram que muitos se utilizam da tecnologia das redes sociais, presentes nos celulares modernos, por terem vergonha ou medo de interagir com seus pares.
 

As alunas citaram que a atividade do Projeto foi interdisciplinar, envolvendo Artes, Geografia e Literatura, inclusive na composição das notas ao final do trabalho.
 

As professoras responsáveis estavam participando pela primeira vez do Nepso, mas bastante animadas com os resultados e principalmente com o aprendizado adquirido em cada fase do Projeto.
 

Pra elas é possível trabalhar a metodologia Nepso em qualquer disciplina e, no caso específico deste projeto, realizar um trabalho interdisciplinar possibilitou uma experiência pedagógica bastante positiva.
 

Ao serem perguntadas se continuariam a participar no ano seguinte, disseram que sim e que tentariam trazer mais colegas para o Projeto. Para elas este projeto de pesquisa é ideal para aquele professor que acredita que a participação do aluno em sala de aula faz parte da construção do conhecimento.