Os alunos do 8° ano da Escola Estadual Catarina Jorge Gonçalves realizaram uma pesquisa de opinião, fazendo uso da metodologia NEPSO, sobre abuso sexual. A pesquisa baseou-se na aplicação de um questionário para alunos do Ensino Fundamental e Médio com sete perguntas envolvendo questões como o que é o abuso sexual, quem é o culpado, o que os entrevistados fariam no lugar da vítima e sobre a importância de conscientizar as crianças sobre isso.
Pela metodologia NEPSO – cujos resultados específicos serão apresentados no quadro “Análise e Resultados”– tivemos a oportunidade de conhecer e realizar uma pesquisa de opinião.
OBJETIVOS:
I) Conhecer a visão da comunidade em relação ao abuso sexual (de quem é a culpa, se sabem o que significa e qual a postura diante do crime);
II) Induzir a reflexão sobre o tema;
III) Alertar sobre a importância de denunciar o abuso.
PESQUISADORES: Estudantes do 8º Ano do Ensino Fundamental.
ENTREVISTADOS: 100 pessoas adolescentes, no município de Contagem.
QUESTIONÁRIO: Possuía 7 questões: 2 de perfil; 5 específicas.
ANÁLISE
-Dos entrevistados, 55% são do sexo masculino e 45% são do sexo feminino.
-Os entrevistados tinham entre 12 e 19 anos
-A maioria dos entrevistados acredita que a culpa do abuso sexual é do agressor (72%), 13% consideram que a culpa é da vítima e do agressor, outros 13% escolheram a opção “não tenho opinião própria, porque nunca parei para pensar sobre isso”. Apenas 2% supõem que a culpa é da vítima, todos são do sexo masculino.
-86% dos entrevistados nunca foram abusados nem conhecem alguém que tenha sido, 61% temem ser ou que alguém conhecido seja. Dos 14% que já foram ou conhecem alguém que tenha sido, a maioria (9% dos entrevistados) tem medo que aconteça de novo.
-Sobre o conceito de abuso sexual, 71% sabiam que o abuso não está relacionado somente ao ato sexual e 64%, além de saberem, fazem questão de conscientizar outras pessoas.
-Quando questionados sobre o que fariam se fossem vítima de agressão sexual, houve contraste nas respostas dadas por homens e mulheres, pois entre os 36% que iriam em busca de vingança 32% são homens e apenas 4% mulheres. Por outro lado, a maioria das mulheres (80%) responderam contar para amigos, familiares e procurar a delegacia, 36% entre os 52% entrevistados que optaram por essa opção.
-A maioria dos entrevistados (92%) julga importante conversar com as crianças para alertar sobre o abuso sexual por serem as principais vítimas.
E o relato de uma aluna exemplifica muito bem o nosso trabalho segundo ela: “o trabalho que desenvolvemos foi uma ótima forma de aprendizado, em que aprendemos a trabalhar em grupo, tabular dados e compará-los, expandimos nossas opiniões sobre o assunto abuso sexual e além de tudo foi uma ótima oportunidade de conhecer o projeto Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião e saber um pouquinho mais da Universidade Federal de Minas Gerais”.