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RESUMO
Quando os alunos da turma 44 se depararam com os números negativos nas aulas de Matemática, ficaram espantados com a existência de números não positivos. Além disso, eles “não acreditavam” que estes números estavam bem presentes nas suas vidas, embora já começassem a se convencer quando se apresentaram exemplos, como os de saldos bancários e temperaturas abaixo de zero. Muitos, porém, associavam os “números negativos” a uma representação de algo ruim. Discutimos sobre isto e percebemos que os números negativos não são sinônimos de algo ruim, pois, por exemplo, a diminuição da taxa de mortalidade infantil no Brasil, em relação a antigos dados da mesma, é um fato positivo: quando essa taxa é negativa, é um bom sinal. Os alunos ficaram, então, interessados em conhecer a opinião das pessoas sobre os números negativos, não apenas para sabermos se os entrevistados conseguem identificá-los e empregá-los, mas também se a escolaridade deles interfere ou não em suas opiniões. No andamento da pesquisa, os alunos a assimilaram como parte integrante do conteúdo que estava sendo trabalhado, manifestando, também por isso, grande vontade de trabalharem com esta pesquisa. O público alvo da pesquisa foi amplo, não tendo limite de idade ou escolaridade e sem restrição de região. O questionário continha informações sobre o perfil do entrevistado e três perguntas. Na terceira pergunta, pedia-se ao entrevistado que identificasse numa lista os possíveis empregos dos números negativos. A elaboração desta pergunta e a análise das respostas, particularmente, ajudaram os entrevistadores (alunos da turma) a entenderem que o emprego dos números negativo não pode acontecer em qualquer contexto. Da análise dos 62 questionários respondidos, pudemos extrair algumas conclusões. A primeira pergunta, que é o filtro, mostrou que apenas 3% dos entrevistados afirmaram a não existência dos números negativos, enquanto 95% acreditam na sua existência e 2% dos entrevistados não souberam responder. Todos os entrevistados que responderam não ou não sabe, estão na faixa de escolaridade de 5a a 8a série. Isto pode relatar duas tendências: os candidatos poderiam ter estudado apenas até a quinta série, pois normalmente as noções de números negativos são trabalhadas a partir da sexta série; ou eles passaram por este conteúdo e, possivelmente, não se fizeram maiores relações com o cotidiano, levando-os a acreditarem que sua existência é restrita ao contexto matemático. O número de entrevistados que responderam que os números negativos representam “algo ruim” é bastante considerável. Esse índice sugere que esses entrevistados, se estudaram esses números, o fizeram sob uma perspectiva que só teria os contemplado na perspectiva escolar. É importante frisar que a escolaridade mostrou-se um veiculo fundamental para a construção de conhecimentos sobre os números negativos, haja vista que todos os entrevistados que possuíam até a quarta série responderam que os números negativos expressam “algo ruim”. A última pergunta mostrou que muitos entrevistados não sabem ao certo os contextos possíveis para o emprego dos números negativos. Percebemos, ainda, que os maiores acertos sobre o emprego ou não dos números negativos referem-se ao contingente que reconheceu seu uso no saldo bancário e no número de calçados.
 
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POLO Minas Gerais
ano
2005 (+)
tema
escola
disciplina

 

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