O projeto foi desenvolvido com alunos das turmas de 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense. Tem por objetivo fazer uma reflexão sobre os “andarilhos”, pois há um considerável número deles em nossa cidade. Após discutirem e pensarem sobre diversos assuntos, os alunos demonstraram interesse em saber sobre a vida destes andarilhos. Muitos alunos, inclusive, citaram ter em suas famílias, pessoas que se tornaram andarilhos. Toma como fonte de análise, conversa informal com alguns andarilhos, entrevistas com pessoas da comunidade e autoridades do município, sobre o que representa para a cidade a presença de andarilhos, se eles representam algum perigo para a sociedade, como vivem e porque se tornaram andarilhos. Além disso, busca-se compreender de quem seria a responsabilidade para com estes andarilhos, que conseqüências eles trazem para a cidade, o que fazem para sobreviverem, enfim, foram analisados diversos dados em torno de questões que envolvem aspectos da vida deles na cidade. Quando visitados pelos alunos, alguns andarilhos se mostraram bastante carentes de afeto dizendo que gostam e lembram de suas famílias. Alguns se tornaram andarilhos por opção e afirmam que se sentem bem pelo fato de não ter responsabilidades. Outros, porém, devido a algum vício foram abandonados por suas famílias. Outro aspecto interessante foi quanto ao vocabulário que, apesar de não terem estudo, é bastante evoluído. Sobre o gostam de fazer citaram: reunir-se com amigos para tomar chimarrão. A maioria trabalha como catador de lixo e alguns sobrevivem de doações feitas pela comunidade.Chegou-se à conclusão que algumas pessoas da comunidade sentem medo, outras pensam que “andarilhos” prejudicam a imagem da cidade.Para que este problema fosse amenizado, deveriam ser criadas ONGs e albergues para que estas pessoas que se tornaram “andarilhos”, nem sempre por opção, pudessem ter o mínimo de condições de sobrevivência, pois apesar de viverem na rua, são seres humanos.